quarta-feira, 6 de novembro de 2013

HUMANIZAÇÃO DE ENFERMAGEM PARA A DIMINUIÇÃO DO PRECONCEITO NO ATENDIMENTO AS TRAVESTIS.




A sociedade está constituída sob o ponto de vista da classificação sexual nas diferenças anatômicas entre os sexos feminino e masculino. Para a compreensão das relações humanas não se observa apenas os sexos, mas o que foi construído social e culturalmente sobre eles. As travestis fogem desse padrão, apesar de uma anatomia sexual masculina, elas assumem uma nova identidade, condutas, modos de vestir, adereços e comportam-se como se fossem do sexo feminino, resultando em discriminação e preconceito. Frente essas considerações foram analisados juntos as travestis, como percebem, lidam e são atendidas por profissionais de Enfermagem em instituições de saúde. No estudo, todas as entrevistadas sobrevivem exclusivamente da prostituição, não possuem planos de saúde e quando necessitam de cuidados médico recorrem ao SUS, em última instância; pois quando tem recursos financeiros preferem a automedicação. Ao recorrerem aos serviços de saúde, queixam-se da falta de respeito e discriminação por parte de toda equipe de saúde, desde a falta de atenção, comentários desrespeitosos sobre a sua identidade de gênero, a desumanização no cuidado e até mesmo a negligência no atendimento. No que se refere ao atendimento de Enfermagem, o profissional tem o dever de cuidar contemplando a responsabilidade pela promoção da saúde e o alívio do sofrimento do ser humano em sua integralidade. Nesse aspecto os profissionais de Enfermagem tem seu comprometimento com a saúde, qualidade de vida, atuando na promoção, recuperação e reabilitação com autonomia e em conformidade com os preceitos éticos que regem a categoria. Nos serviços de saúde, onde as travestis buscam atendimento, elas são alvos de piadinhas e de atitudes discriminatórias que contribui de forma relevante para o agravamento do seu estado de saúde, sem considerar as repercussões psicoemocionais ocasionadas. Os sujeitos entrevistado acusam a Enfermagem como fator relevante para a execução de atitudes preconceituosas e discriminatórias no atendimento, que vai contra os fundamentos da profissão. Com isso evidenciam o imperativo não apenas da Enfermagem, mas de outros profissionais de saúde em ignorarem a identidade de gênero e o desconhecimento de leis que garantem a sensibilização e a promoção da humanização no atendimento. Como enfermeiro deve-se assistir e acolher o outro, independente de cor, raça, orientação sexual, credo ou estilo de vida do cliente. Esperamos que com isso, possamos proporcionar legitimidade, igualdade e aprimoramento do cuidado de Enfermagem às travestis, possibilitando a evitar e minimizar o preconceito.

Resumo elaborado pelo grupo: Ana Luiza Almeida, Camila Campolina, Isabella Dias, Jéssica Vieira, Rondinelli Geraldo Silva, Suellen Torres.


Porcino A., Carlos. A travesti e o profissional de enfermagem: humanização como contribuição para diminuir o preconceito e promover o respeito à expressão e identidade de gênero. 15 a 17 maio 2013. Disponível em: <http://www.uneb.br/enlacandosexualidades/files/2013/06/A-travesti-e-o-profissional-de-enfermagem-humaniza%C3%A7%C3%A3o-como-contribui%C3%A7%C3%A3o-para-diminuir-o-preconceito-e-promover-o-respeito-%C3%A0-express%C3%A3o-e-identidade-de-g%C3%AAnero.pdf> Acesso em: 7 out. 2013.

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